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A compreensão de que não controlamos nada e a importância de planejar o que está ao nosso alcance.


A maioria de nós já está cansada de ouvir notícias sobre os efeitos da pandemia na saúde, na economia, o reflexo disso tudo na educação, na cultura, na forma de se trabalhar e na indagação constante e quase que ininterrupta sobre como será o futuro, quando as coisas começarem a voltar ao normal.


Muitos conselhos foram propagados aos sete ventos: medite, faça exercício em casa, mantenha atividades com as crianças, dê atenção aos idosos, e nessa toada não faltaram tutoriais para nos auxiliar a enfrentar o período de quarentena.


De outro lado, há também quem pregue que não estamos no momento de exigir muito de nós mesmos, já que todo o abalo emocional e psicológico que a situação vem causando já é pesado o suficiente para nos vermos obrigados a cumprir metas ou produzir resultados.

Na prática, independente da forma como toda essa situação vem sendo enfrentada e interpretada, a mensagem que talvez precise ser absorvida é que incontestavelmente, não controlamos nada!


A sensação de que tínhamos o poder sobre nossas próprias vidas e escolhas foi varrida pela incerteza do amanhã e pela clara demonstração da nossa impotência perante acontecimentos e situações que nos deixam simplesmente como espectadores de nossas próprias histórias.


Certamente, o mundo não será mais o mesmo depois de tudo isso, e essa frase, embora bem clichê atualmente, traz uma verdade profunda e misteriosa, porque efetivamente não sabemos como serão as relações e a que ponto essa situação impactará as conexões, os hábitos e os conceitos futuramente.


Embora já tenhamos sinais evidentes de que mudanças práticas já estão em curso, como o aumento do volume e predisposição para as relações comerciais, negociais e até afetivas serem desenvolvidas a partir da internet, não sabemos se isso se tornará uma prática rotineira e bem vista ou se os hábitos anteriores à pandemia e a interação pessoal terá mais valor e prevalecerá.


Seja como for, o que também conseguimos enxergar agora, de forma quase que translúcida, é que por não sermos capazes de direcionar o nosso futuro como achávamos que podíamos, precisamos estar prontos para o que está por vir e em paz com as nossas escolhas.

E na realidade, o que são essas escolhas? Talvez representem o conjunto de atitudes que tomamos ao longo de nossa existência e a forma como isso impacta as pessoas que estão ao nosso redor.


A escolha de sermos coerentes com as nossas condutas é o que talvez seja capaz de resultar nos sentimentos que temos quando algo totalmente fora do nosso domínio surge. E isso talvez possa ser válido para qualquer tipo de situação extrema que enfrentemos, tanto uma pandemia inesperada, quanto o evento morte, que não é inesperado, mas que costuma causar tanto medo e sofrimento como se nunca fosse acontecer conosco ou com pessoas que amamos.


Fazer a nossa parte talvez seja o caminho mais sensato e seguro a percorrer. Deixar organizado o que estiver pendente, esclarecer o que puder trazer alguma dúvida, desconforto ou injustiça a alguém e assim, ficar em paz com a forma como lidamos com todas as situações que estão ao nosso alcance. Esse é o papel de um planejamento sucessório sério e responsável, por exemplo.


Quem sabe agindo conforme nossa consciência e de acordo com os nossos princípios, com o que a lei estabelece e antecipando problemas, desavenças e conflitos teremos como resultado a união, a conciliação e a harmonia, independente do que vier a acontecer.


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